O solo é o meio de crescimento para as plantas e essencial na produção de alimentos, fornece suporte para vários serviços ecossistêmicos, como armazenamento e filtragem da água, sequestro de gases do efeito estufa, processamento de resíduos, hospedagem microbiana e vida terrestre. O manejo agroecológico do solo é baseado na ausência de aplicação de fertilizantes industriais altamente solúveis e agrotóxicos, aliado às boas práticas de uso e manejo de solo que promovem melhorias nas condições físicas, químicas e biológicas do solo.

Benefícios do manejo agroecológico

Este sistema visa aproveitar a biodiversidade e otimizar os serviços ecossistêmicos a favor da agropecuária, resultando em sistemas regenerativos que são menos dependentes de insumos externos. As boas práticas referem-se à manutenção do solo coberto mediante ao manejo da biomassa local, plantio direto e rotação de culturas apropriadas, técnicas integradas de manejo de nutrientes com policultivos e coquetéis de adubos verdes com leguminosas que fixam nitrogênio atmosférico, práticas de conservação do solo e da água, além da adubação orgânica. Estas práticas ativam e alimentam os microrganismos do solo, aumenta a ciclagem de nutrientes, melhoram a estrutura do solo permitindo boa infiltração e reposição das águas subterrâneas, diminui o escoamento superficial reduzindo processos de erosão e deposição de sedimentos nos corpos d’água.

Fatores que afetam o crescimento da lavoura

Os fatores principais que influenciam no crescimento e na produtividade das culturas são: pH, disponibilidade de nutrientes e oxigênio, umidade, permeabilidade, temperatura e salinidade do solo. Um solo com boa estrutura física deve ter 50% porosidade, 1/3 desta em macroporos para a respiração radicular, 2/3 em microporos para a retenção de água. Assim, é fundamental a realização periódica das análises do solo para o monitoramento, visando adequar o manejo para alcançar boas produtividades. Para uma boa qualidade biológica deve-se ter bons teores de MO, presença de macrofauna e microrganismos. A melhoria da qualidade do solo aumenta a eficiência nutricional das plantas e melhora o crescimento das raízes.

A atual intensificação das práticas agrícolas convencionais está resultando na degradação dos solos, diminuindo sua capacidade de fornecer serviços aos seres humanos. A demanda crescente por alimentos, bioenergia e produtos florestais, em contraposição à necessidade de redução de desmatamento e mitigação das emissões de gases do efeito estufa, exige soluções para o desenvolvimento socioeconômico sem comprometer a sustentabilidade dos recursos naturais. Assim, o grande desafio consiste em produzir mais por área de superfície, sem aumentar a utilização de insumos externos. O manejo agroecológico do solo pode resolver esses problemas e melhorar os serviços dos ecossistemas, como conservação e melhoria da fertilidade do solo, mitigação das mudanças climáticas, melhoria da qualidade da água e conservação da biodiversidade. 

Considerações finais

As boas práticas de manejo podem contribuir para o aumento das produtividades das culturas, seja diretamente através do fornecimento e ciclagem de nutrientes e acúmulo de matéria orgânica no solo, ou indiretamente, através da melhoria do armazenamento de água no solo, manutenção da temperatura do solo, dentre outros benefícios e serviços ecossistêmicos. Um solo com boas condições biológicas pressupõe a presença de variadas formas de organismos interagindo entre si e com os componentes minerais e orgânicos do solo. Essa dinâmica biológica exerce uma função essencial na agregação do solo, de modo a torná-lo grumoso e permeável para o ar e para a água. Além disso, são esses organismos que mobilizam os nutrientes e os disponibilizam para as plantas.

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O solo é o meio de crescimento para as plantas e essencial na produção de alimentos, fornece suporte para vários serviços ecossistêmicos, como armazenamento e filtragem da água, sequestro de gases do efeito estufa, processamento de resíduos, hospedagem microbiana e vida terrestre. O manejo agroecológico do solo é baseado na ausência de aplicação de fertilizantes industriais altamente solúveis e agrotóxicos, aliado às boas práticas de uso e manejo de solo que promovem melhorias nas condições físicas, químicas e biológicas do solo.

Benefícios do manejo agroecológico

Este sistema visa aproveitar a biodiversidade e otimizar os serviços ecossistêmicos a favor da agropecuária, resultando em sistemas regenerativos que são menos dependentes de insumos externos. As boas práticas referem-se à manutenção do solo coberto mediante ao manejo da biomassa local, plantio direto e rotação de culturas apropriadas, técnicas integradas de manejo de nutrientes com policultivos e coquetéis de adubos verdes com leguminosas que fixam nitrogênio atmosférico, práticas de conservação do solo e da água, além da adubação orgânica. Estas práticas ativam e alimentam os microrganismos do solo, aumenta a ciclagem de nutrientes, melhoram a estrutura do solo permitindo boa infiltração e reposição das águas subterrâneas, diminui o escoamento superficial reduzindo processos de erosão e deposição de sedimentos nos corpos d’água.

Fatores que afetam o crescimento da lavoura

Os fatores principais que influenciam no crescimento e na produtividade das culturas são: pH, disponibilidade de nutrientes e oxigênio, umidade, permeabilidade, temperatura e salinidade do solo. Um solo com boa estrutura física deve ter 50% porosidade, 1/3 desta em macroporos para a respiração radicular, 2/3 em microporos para a retenção de água. Assim, é fundamental a realização periódica das análises do solo para o monitoramento, visando adequar o manejo para alcançar boas produtividades. Para uma boa qualidade biológica deve-se ter bons teores de MO, presença de macrofauna e microrganismos. A melhoria da qualidade do solo aumenta a eficiência nutricional das plantas e melhora o crescimento das raízes.

A atual intensificação das práticas agrícolas convencionais está resultando na degradação dos solos, diminuindo sua capacidade de fornecer serviços aos seres humanos. A demanda crescente por alimentos, bioenergia e produtos florestais, em contraposição à necessidade de redução de desmatamento e mitigação das emissões de gases do efeito estufa, exige soluções para o desenvolvimento socioeconômico sem comprometer a sustentabilidade dos recursos naturais. Assim, o grande desafio consiste em produzir mais por área de superfície, sem aumentar a utilização de insumos externos. O manejo agroecológico do solo pode resolver esses problemas e melhorar os serviços dos ecossistemas, como conservação e melhoria da fertilidade do solo, mitigação das mudanças climáticas, melhoria da qualidade da água e conservação da biodiversidade. 

Considerações finais

As boas práticas de manejo podem contribuir para o aumento das produtividades das culturas, seja diretamente através do fornecimento e ciclagem de nutrientes e acúmulo de matéria orgânica no solo, ou indiretamente, através da melhoria do armazenamento de água no solo, manutenção da temperatura do solo, dentre outros benefícios e serviços ecossistêmicos. Um solo com boas condições biológicas pressupõe a presença de variadas formas de organismos interagindo entre si e com os componentes minerais e orgânicos do solo. Essa dinâmica biológica exerce uma função essencial na agregação do solo, de modo a torná-lo grumoso e permeável para o ar e para a água. Além disso, são esses organismos que mobilizam os nutrientes e os disponibilizam para as plantas.

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