Importância da adubação nitrogenada

 

O nitrogênio (N) – depois do carbono (C), do hidrogênio (H) e do oxigênio (O) – é o elemento mais demandado pelos vegetais e, também, é o nutriente mineral absorvido em maiores quantidades pela maioria das culturas. Além disso, é um nutriente estrutural, sendo necessário para a síntese de proteínas e vários outros compostos orgânicos, como a molécula de clorofila. Dessa forma, esse nutriente tem papel fundamental no crescimento e no metabolismo vegetal, sendo de grande importância para o alcance de altas produtividades agrícolas.

Entretanto, grande parte dos solos não apresentam as quantidades necessárias de N para atender toda a demanda vegetal pelo elemento, tornando-se, assim, necessária a fertilização nitrogenada. O fornecimento de N via adubos e fertilizantes é de suma importância para permitir que as plantas alcancem o seu máximo potencial produtivo. Uma vez que, a baixa disponibilidade de N no solo pode diminuir drasticamente a produção agrícola, pois limita o crescimento vegetal, reduz a expansão e divisão celular, e diminui a taxa fotossintética.

 

Principais fontes de nitrogênio

O N está presente nas formas amoniacal, nítrica ou amídica nos principais fertilizantes. O fertilizante nitrogenado sólido mais utilizado no país é a ureia, com N na forma amídica (NH2), apresenta o maior teor de N (cerca de 45%) e o menor custo por quantidade do nutriente. Além da ureia, outros fertilizantes nitrogenados que podem ser utilizados são: nitrato de amônio (NH4NO3), com cerca de 33 % de N; sulfato de amônio ((NH4)2SO4), com cerca de 20 % de N; e amônia anidra (NH3), com cerca de 82 % de N.

Além das fontes minerais, podem ser utilizados adubos orgânicos naturais como fontes de N. No entanto, as fontes naturais orgânicas contêm baixa concentração de N: entre 1 a 13 %. Essas fontes orgânicas originam-se de materiais orgânicos de plantas e animais e, para liberação de N para as plantas, precisam ser decompostas e mineralizadas. Dessa forma, a liberação de N é mais lenta, quando comparada com a adubação mineral. Além disso, depende das condições ambientais e da microbiota do solo para a efetiva decomposição e mineralização de N.

Outra forma de fornecer N para as culturas é através da adubação verde. Em muitas lavouras, o cultivo de leguminosas como adubos verdes tem como principal objetivo o fornecimento de N para a cultura principal. Isso é possível porque as leguminosas possuem a capacidade de estabelecer simbiose com bactérias fixadoras de N, o que lhes permitem maior aquisição desse elemento, fornecendo-o para a cultura subsequente por meio da decomposição da sua biomassa. Portanto, a adubação verde pode reduzir os gastos com adubação nitrogenada e aumentar a produtividade da lavoura, contribuindo para maior retorno financeiro para o produtor rural.

 

Cuidados da adubação nitrogenada

 

O fornecimento de N via adubação nitrogenada possibilita o aumento da produtividade agrícola da maioria das culturas. Entretanto, o uso indiscriminado de adubos nitrogenados pode causar sérios impactos ambientais, como a emissão de gases do efeito estufa (GEE) e a poluição da água. Além disso, a eficiência da adubação nitrogenada pode ser reduzida pelas perdas naturais de N que ocorrem no solo. Essas perdas podem ocorre de forma gasosa, através da desnitrificação e pela volatilização da amônia (NH3), ou pela lixiviação. Além disso, não se deve desconsiderar a perda de N pela remoção na produção agrícola, florestal e animal. 

Diante disso, é importante apresentar algumas considerações sobre os cuidados que devem ser feitos para garantir maior eficiência da adubação nitrogenada, a fim de evitar prejuízos financeiros para o produtor rural e impactos ambientais para o agroecossistema. Confira a seguir:

 

Volatilização de amônia

A volatilização de amônia (NH3) é a principal perda de N responsável pela baixa eficiência da ureia aplicada na superfície do solo. A volatilização da amônia é influenciada por fatores do solo, como pH, capacidade de troca de cátions (CTC), textura, temperatura, umidade, entre outros. Além disso, aspectos relacionados ao manejo da adubação também interferem na volatilização, por exemplo, a profundidade de incorporação do fertilizante. 

Assim, perdas de N por volatilização de amônia podem ser acentuadas quando os fertilizantes, como ureia, sulfato de amônio, nitrato de amônio, MAP e outros, são aplicados sem incorporação no solo, ou ainda em solos com pH muito elevado ou que sofreram uma calagem excessiva. Altas temperaturas aliadas à baixa umidade também aumentam as perdas de N por volatilização de amônia.

 

Desnitrificação

A desnitrificação é uma reação química de transformação de nitratos e outras substâncias em gás nitrogênio (N2) pela ação de bactérias desnitrificantes, que usam preferencialmente o oxigênio como receptor de elétrons, mas também podem utilizar nitrato e nitrito como substitutos. 

Portanto, a desnitrificação é mais intensa quando há falta de oxigênio, como por exemplo, em condições de excesso de água. Por meio desse processo, os microrganismos desnitrificadores presentes no solo podem transformar os nitratos em N2 e óxido nitroso (N2O), emitindo-os para a atmosfera. Este último é um dos gases do efeito estufa (GEE).

 

Lixiviação de nitrogênio

De forma simples, a lixiviação pode ser definida como o movimento vertical da solução do solo no seu interior. A solução do solo é composta por água, nutrientes e outras substâncias. Por meio da lixiviação, os nutrientes aplicados ao solo podem alcançar o lençol freático e, dependendo da quantidade lixiviada, pode causar a poluição de rios e lagos. 

Em relação ao N, a lixiviação de nitrato (NO3) é considerada a principal perda deste nutriente no solo. O nitrato é a forma mineral de nitrogênio predominante nos solos sem restrição de oxigênio. Devido ao predomínio de cargas negativas na camada arável, a maior parte do nitrato não é adsorvida e permanece na solução do solo, o que favorece sua lixiviação no perfil para profundidades fora do alcance das raízes.

 

Adubação nitrogenada eficiente

O manejo da adubação nitrogenada é muito importante para garantir a maior eficiência da absorção de N pelas plantas e a redução das perdas deste nutriente. Dessa forma, aumentando as chances de maior produtividade das culturas, ao mesmo tempo em que reduz as possibilidades de prejuízos financeiros dos produtores rurais pelas perdas de N. Como vimos anteriormente, são muitas as perdas naturais que os adubos nitrogenados estão sujeitos. Nesse sentido, o manejo da adubação nitrogenada está focado no parcelamento da adubação e no modo da aplicação do adubo.

O parcelamento da adubação nitrogenada durante o ciclo anual das culturas é uma prática recomendada para o aumento da eficiência de recuperação do N aplicado. Normalmente, da quantidade total recomendada, uma parte é aplicada na época do plantio e o restante parcelado em uma ou mais vezes de acordo com o ciclo da cultura. Deve-se evitar adubações pesadas em períodos de baixa exigência do nutriente pela cultura, por exemplo, nos períodos iniciais de crescimento das plantas, pois uma adubação mais pesada de N no plantio aumenta o potencial de perdas deste elemento. Assim, o parcelamento da adubação nitrogenada busca uma sincronia aproximada da aplicação do fertilizante com a fase de maior demanda de N pela cultura.

Da mesma forma, o modo de aplicação ou localização dos fertilizantes tem o objetivo de aumentar o aproveitamento do N aplicado, adicionando-o em contato direto com as raízes das plantas. Na agricultura brasileira, com o grande predomínio de uso dos fertilizantes sólidos, os principais modos de aplicação são: em linha ou sulco enterrado no solo, no plantio ou em cobertura; a lanço em área total, com ou sem incorporação ao solo; em faixas, sem incorporação. É importante que o adubo nitrogenado seja incorporado ao solo, não só por permitir um contato direto com as raízes das plantas, como também para evitar as perdas gasosas.

 

Demanda da adubação nitrogenada para as principais culturas 

 

As recomendações de adubação nitrogenada são baseadas nos resultados de experimentos científicos em campo com determinada cultura. Nesses experimentos, os tratamentos são constituídos das doses e dos parcelamentos de fertilizantes nitrogenados. A partir dos resultados obtidos, são determinadas as doses de máximo retorno econômico da adubação nitrogenada.

É importante destacar, então, que a recomendação de nitrogênio para maioria das culturas agrícolas é obtida por meio de experimentos que são conduzidos em diversas regiões do Brasil. Dessa forma, esses experimentos são conduzidos sob diversas condições de solo, clima e sistemas de cultivo. Assim, geralmente, mostram resposta generalizada de determinada cultura à adubação nitrogenada. A seguir você pode conferir a recomendação de adubação nitrogenada de algumas culturas.

 

Recomendação de adubação nitrogenada do milho

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o milho remove grandes quantidades de N. Sendo usualmente necessário o uso de adubação nitrogenada em cobertura para complementar a quantidade suprida pelo solo, quando se deseja produtividades elevadas. A recomendação da adubação nitrogenada em cobertura para a cultura do milho de sequeiro, de modo geral, varia de 60 a 100 kg de N/ha. Em agricultura irrigada, doses de nitrogênio variando de 120 a 160 kg/ha podem ser necessárias para obtenção de elevadas produtividades.

 

Recomendação de adubação nitrogenada do feijoeiro

Segundo a Embrapa, a aplicação de nitrogênio em cobertura para o feijoeiro tem sido em geral, uma prática de manejo muito eficiente. A dose pode variar de acordo com o sistema de cultivo adotado, se convencional ou semeadura direta. Geralmente, para o sistema de semeadura direta a dose tem sido cerca 120 kg/ha de N. Já para o sistema convencional de semeadura, a dose pode variar de 90 a 100 kg/ha de N.

 

Recomendação de adubação nitrogenada da cana-de-açúcar

Para a cana-de-açúcar, embora seja recomendado 30 kg/ha de N no plantio, mais 30 a 60 kg/ha de N em cobertura após 30 a 60, são comuns as dosagens entre 30 e 60 kg/ha de N no sulco, de uma única vez.

 

Conclusão

 

A correta adubação é um dos fatores que possibilitará o alcance de altas produtividades agrícolas. Entre os nutrientes requeridos pelos vegetais, o nitrogênio merece destaque devido à sua importância para o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Como a maior parte dos solos apresentam, naturalmente, níveis de nitrogênio abaixo do que as culturas precisam, é necessário fornecê-lo via adubação. Entretanto, como vimos ao longo do texto, para uma adubação nitrogenada eficiente é preciso estar atento a alguns fatores para evitar as perdas, reduzir os impactos ambientais e aumentar o retorno econômico. 

Por isso, uma boa assistência técnica, muitas das vezes, é essencial para auxiliar os produtores rurais no manejo nutricional da lavoura. Uma atividade complexa pode se tornar muito simples com a ajuda de um profissional qualificado. Diante disso, nós, da Agroteg Digital, podemos te auxiliar por meio de uma consultoria técnica especializada, dando todo suporto que você precisa para uma adubação nitrogenada eficiente. 

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Importância da adubação nitrogenada

 

O nitrogênio (N) – depois do carbono (C), do hidrogênio (H) e do oxigênio (O) – é o elemento mais demandado pelos vegetais e, também, é o nutriente mineral absorvido em maiores quantidades pela maioria das culturas. Além disso, é um nutriente estrutural, sendo necessário para a síntese de proteínas e vários outros compostos orgânicos, como a molécula de clorofila. Dessa forma, esse nutriente tem papel fundamental no crescimento e no metabolismo vegetal, sendo de grande importância para o alcance de altas produtividades agrícolas.

Entretanto, grande parte dos solos não apresentam as quantidades necessárias de N para atender toda a demanda vegetal pelo elemento, tornando-se, assim, necessária a fertilização nitrogenada. O fornecimento de N via adubos e fertilizantes é de suma importância para permitir que as plantas alcancem o seu máximo potencial produtivo. Uma vez que, a baixa disponibilidade de N no solo pode diminuir drasticamente a produção agrícola, pois limita o crescimento vegetal, reduz a expansão e divisão celular, e diminui a taxa fotossintética.

 

Principais fontes de nitrogênio

O N está presente nas formas amoniacal, nítrica ou amídica nos principais fertilizantes. O fertilizante nitrogenado sólido mais utilizado no país é a ureia, com N na forma amídica (NH2), apresenta o maior teor de N (cerca de 45%) e o menor custo por quantidade do nutriente. Além da ureia, outros fertilizantes nitrogenados que podem ser utilizados são: nitrato de amônio (NH4NO3), com cerca de 33 % de N; sulfato de amônio ((NH4)2SO4), com cerca de 20 % de N; e amônia anidra (NH3), com cerca de 82 % de N.

Além das fontes minerais, podem ser utilizados adubos orgânicos naturais como fontes de N. No entanto, as fontes naturais orgânicas contêm baixa concentração de N: entre 1 a 13 %. Essas fontes orgânicas originam-se de materiais orgânicos de plantas e animais e, para liberação de N para as plantas, precisam ser decompostas e mineralizadas. Dessa forma, a liberação de N é mais lenta, quando comparada com a adubação mineral. Além disso, depende das condições ambientais e da microbiota do solo para a efetiva decomposição e mineralização de N.

Outra forma de fornecer N para as culturas é através da adubação verde. Em muitas lavouras, o cultivo de leguminosas como adubos verdes tem como principal objetivo o fornecimento de N para a cultura principal. Isso é possível porque as leguminosas possuem a capacidade de estabelecer simbiose com bactérias fixadoras de N, o que lhes permitem maior aquisição desse elemento, fornecendo-o para a cultura subsequente por meio da decomposição da sua biomassa. Portanto, a adubação verde pode reduzir os gastos com adubação nitrogenada e aumentar a produtividade da lavoura, contribuindo para maior retorno financeiro para o produtor rural.

 

Cuidados da adubação nitrogenada

 

O fornecimento de N via adubação nitrogenada possibilita o aumento da produtividade agrícola da maioria das culturas. Entretanto, o uso indiscriminado de adubos nitrogenados pode causar sérios impactos ambientais, como a emissão de gases do efeito estufa (GEE) e a poluição da água. Além disso, a eficiência da adubação nitrogenada pode ser reduzida pelas perdas naturais de N que ocorrem no solo. Essas perdas podem ocorre de forma gasosa, através da desnitrificação e pela volatilização da amônia (NH3), ou pela lixiviação. Além disso, não se deve desconsiderar a perda de N pela remoção na produção agrícola, florestal e animal. 

Diante disso, é importante apresentar algumas considerações sobre os cuidados que devem ser feitos para garantir maior eficiência da adubação nitrogenada, a fim de evitar prejuízos financeiros para o produtor rural e impactos ambientais para o agroecossistema. Confira a seguir:

 

Volatilização de amônia

A volatilização de amônia (NH3) é a principal perda de N responsável pela baixa eficiência da ureia aplicada na superfície do solo. A volatilização da amônia é influenciada por fatores do solo, como pH, capacidade de troca de cátions (CTC), textura, temperatura, umidade, entre outros. Além disso, aspectos relacionados ao manejo da adubação também interferem na volatilização, por exemplo, a profundidade de incorporação do fertilizante. 

Assim, perdas de N por volatilização de amônia podem ser acentuadas quando os fertilizantes, como ureia, sulfato de amônio, nitrato de amônio, MAP e outros, são aplicados sem incorporação no solo, ou ainda em solos com pH muito elevado ou que sofreram uma calagem excessiva. Altas temperaturas aliadas à baixa umidade também aumentam as perdas de N por volatilização de amônia.

 

Desnitrificação

A desnitrificação é uma reação química de transformação de nitratos e outras substâncias em gás nitrogênio (N2) pela ação de bactérias desnitrificantes, que usam preferencialmente o oxigênio como receptor de elétrons, mas também podem utilizar nitrato e nitrito como substitutos. 

Portanto, a desnitrificação é mais intensa quando há falta de oxigênio, como por exemplo, em condições de excesso de água. Por meio desse processo, os microrganismos desnitrificadores presentes no solo podem transformar os nitratos em N2 e óxido nitroso (N2O), emitindo-os para a atmosfera. Este último é um dos gases do efeito estufa (GEE).

 

Lixiviação de nitrogênio

De forma simples, a lixiviação pode ser definida como o movimento vertical da solução do solo no seu interior. A solução do solo é composta por água, nutrientes e outras substâncias. Por meio da lixiviação, os nutrientes aplicados ao solo podem alcançar o lençol freático e, dependendo da quantidade lixiviada, pode causar a poluição de rios e lagos. 

Em relação ao N, a lixiviação de nitrato (NO3) é considerada a principal perda deste nutriente no solo. O nitrato é a forma mineral de nitrogênio predominante nos solos sem restrição de oxigênio. Devido ao predomínio de cargas negativas na camada arável, a maior parte do nitrato não é adsorvida e permanece na solução do solo, o que favorece sua lixiviação no perfil para profundidades fora do alcance das raízes.

 

Adubação nitrogenada eficiente

O manejo da adubação nitrogenada é muito importante para garantir a maior eficiência da absorção de N pelas plantas e a redução das perdas deste nutriente. Dessa forma, aumentando as chances de maior produtividade das culturas, ao mesmo tempo em que reduz as possibilidades de prejuízos financeiros dos produtores rurais pelas perdas de N. Como vimos anteriormente, são muitas as perdas naturais que os adubos nitrogenados estão sujeitos. Nesse sentido, o manejo da adubação nitrogenada está focado no parcelamento da adubação e no modo da aplicação do adubo.

O parcelamento da adubação nitrogenada durante o ciclo anual das culturas é uma prática recomendada para o aumento da eficiência de recuperação do N aplicado. Normalmente, da quantidade total recomendada, uma parte é aplicada na época do plantio e o restante parcelado em uma ou mais vezes de acordo com o ciclo da cultura. Deve-se evitar adubações pesadas em períodos de baixa exigência do nutriente pela cultura, por exemplo, nos períodos iniciais de crescimento das plantas, pois uma adubação mais pesada de N no plantio aumenta o potencial de perdas deste elemento. Assim, o parcelamento da adubação nitrogenada busca uma sincronia aproximada da aplicação do fertilizante com a fase de maior demanda de N pela cultura.

Da mesma forma, o modo de aplicação ou localização dos fertilizantes tem o objetivo de aumentar o aproveitamento do N aplicado, adicionando-o em contato direto com as raízes das plantas. Na agricultura brasileira, com o grande predomínio de uso dos fertilizantes sólidos, os principais modos de aplicação são: em linha ou sulco enterrado no solo, no plantio ou em cobertura; a lanço em área total, com ou sem incorporação ao solo; em faixas, sem incorporação. É importante que o adubo nitrogenado seja incorporado ao solo, não só por permitir um contato direto com as raízes das plantas, como também para evitar as perdas gasosas.

 

Demanda da adubação nitrogenada para as principais culturas 

 

As recomendações de adubação nitrogenada são baseadas nos resultados de experimentos científicos em campo com determinada cultura. Nesses experimentos, os tratamentos são constituídos das doses e dos parcelamentos de fertilizantes nitrogenados. A partir dos resultados obtidos, são determinadas as doses de máximo retorno econômico da adubação nitrogenada.

É importante destacar, então, que a recomendação de nitrogênio para maioria das culturas agrícolas é obtida por meio de experimentos que são conduzidos em diversas regiões do Brasil. Dessa forma, esses experimentos são conduzidos sob diversas condições de solo, clima e sistemas de cultivo. Assim, geralmente, mostram resposta generalizada de determinada cultura à adubação nitrogenada. A seguir você pode conferir a recomendação de adubação nitrogenada de algumas culturas.

 

Recomendação de adubação nitrogenada do milho

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o milho remove grandes quantidades de N. Sendo usualmente necessário o uso de adubação nitrogenada em cobertura para complementar a quantidade suprida pelo solo, quando se deseja produtividades elevadas. A recomendação da adubação nitrogenada em cobertura para a cultura do milho de sequeiro, de modo geral, varia de 60 a 100 kg de N/ha. Em agricultura irrigada, doses de nitrogênio variando de 120 a 160 kg/ha podem ser necessárias para obtenção de elevadas produtividades.

 

Recomendação de adubação nitrogenada do feijoeiro

Segundo a Embrapa, a aplicação de nitrogênio em cobertura para o feijoeiro tem sido em geral, uma prática de manejo muito eficiente. A dose pode variar de acordo com o sistema de cultivo adotado, se convencional ou semeadura direta. Geralmente, para o sistema de semeadura direta a dose tem sido cerca 120 kg/ha de N. Já para o sistema convencional de semeadura, a dose pode variar de 90 a 100 kg/ha de N.

 

Recomendação de adubação nitrogenada da cana-de-açúcar

Para a cana-de-açúcar, embora seja recomendado 30 kg/ha de N no plantio, mais 30 a 60 kg/ha de N em cobertura após 30 a 60, são comuns as dosagens entre 30 e 60 kg/ha de N no sulco, de uma única vez.

 

Conclusão

 

A correta adubação é um dos fatores que possibilitará o alcance de altas produtividades agrícolas. Entre os nutrientes requeridos pelos vegetais, o nitrogênio merece destaque devido à sua importância para o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Como a maior parte dos solos apresentam, naturalmente, níveis de nitrogênio abaixo do que as culturas precisam, é necessário fornecê-lo via adubação. Entretanto, como vimos ao longo do texto, para uma adubação nitrogenada eficiente é preciso estar atento a alguns fatores para evitar as perdas, reduzir os impactos ambientais e aumentar o retorno econômico. 

Por isso, uma boa assistência técnica, muitas das vezes, é essencial para auxiliar os produtores rurais no manejo nutricional da lavoura. Uma atividade complexa pode se tornar muito simples com a ajuda de um profissional qualificado. Diante disso, nós, da Agroteg Digital, podemos te auxiliar por meio de uma consultoria técnica especializada, dando todo suporto que você precisa para uma adubação nitrogenada eficiente. 

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