O que é cooperativismo?

Cooperativismo deriva da palavra cooperação, que significa ato de colaborar para a realização de um projeto comum, ato de unir esforços para a resolução de um assunto ou problema, ação conjunta para uma finalidade. A partir disso, tem-se também o conceito de cooperativas: associações entre indivíduos que têm objetivos comuns e que buscam alcançar emancipação e expansão econômica e social. Dessa forma, o objetivo fundamental de uma cooperativa é proporcionar benefícios iguais a todos os seus membros (os cooperados). Para isso, a base do funcionamento de uma cooperativa é a ação mútua em cooperação. 

Além disso, em uma cooperativa todos os cooperados são donos do negócio e o foco não está no lucro, mas na satisfação das necessidades econômicas de seus membros. Portanto, uma cooperativa é totalmente diferente de uma empresa privada. Pois, o foco de uma cooperativa é melhorar a situação econômica e social dos seus cooperados, solucionar problemas, satisfazer necessidades e objetivos comuns. Assim, o cooperativismo busca melhores oportunidades para todos a partir da harmonia de aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Há uma busca constante de equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social, a produtividade e a sustentabilidade, os interesses individuais e os coletivos.

 

Origem do cooperativismo e dados atuais

O cooperativismo não é algo recente. Dados históricos apontam que o surgimento do cooperativismo ocorreu durante a Revolução Industrial, na Inglaterra. Em 1844, 28 operários ingleses se reuniram e fundaram a primeira cooperativa da história: a Sociedade Equitativa dos Probos Pioneiros de Rochdale. A experiência dos trabalhadores da Inglaterra difundiu-se em outros países, se espalhando pelo mundo inteiro. No Brasil, o cooperativismo surgiu em 1887 com a criação da Cooperativa de Consumo dos Empregados da Companhia Paulista, em Campinas (SP). 

Atualmente, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o cooperativismo está presente em mais de 150 países, com um total de mais de 1,2 bilhão de cooperados e mais de 3 milhões de cooperativas. Ainda de acordo com a OCB, no Brasil, há mais de 5 mil cooperativas, com mais de 15,5 milhões de cooperados. Tanto a nível mundial, como no Brasil, o destaque está para as cooperativas do ramo agropecuário. No mundo, mais de 10% das 300 maiores cooperativas são do ramo agropecuário. Já no Brasil, há mais de 1200 cooperativas do ramo agropecuário, com quase um milhão de cooperados e mais de 200 mil empregos gerados. Portanto, o cooperativismo tem forte destaque no agro brasileiro.

Como funciona uma cooperativa agrícola?

O foco do nosso texto é o cooperativismo rural, mas é bom saber que existem outros tipos de cooperativas. No Brasil, as cooperativas se organizam em sete ramos do cooperativismo: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, produção de bens e serviços, saúde, transporte. Conforme citado no tópico anterior, as cooperativas do ramo agropecuário possuem grande destaque no cooperativismo brasileiro. As cooperativas agrícolas são associações de produtores rurais, cujas principais atividades são a compra de insumos, venda da produção, assistência técnica, armazenamento e industrialização de produtos. Além disso, ao promover a compra em comum de insumos e maquinários, a cooperativa agrícola contribui para assegurar a eficiência do negócio rural, principalmente dos pequenos agricultores. 

Diante disso, a principal vantagem do cooperativismo no meio rural é proporcionar aos agricultores cooperados benefícios que, de forma isolada, eles não conseguiriam. Conforme mencionado anteriormente, em uma cooperativa o foco principal não está na obtenção do lucro. Assim, em uma cooperativa agrícola, a principal função é aumentar a competitividade do agricultor e também ajudar todo o grupo de cooperados a ter mais sucesso no negócio agrícola.  Dessa forma, os produtores rurais que possuem objetivos em comum se associam para atender com mais facilidade ao mercado consumidor. Portanto, o funcionamento de uma cooperativa agrícola é muito simples: um grupo de produtores rurais com uma finalidade em comum se organizam para realizar, de forma conjunta, toda a cadeia produtiva. 

 

Quais são as vantagens e qual é a importância das cooperativas agrícolas?

Um único agricultor pode ter diversas dificuldades para tocar o seu negócio. Por exemplo, o pequeno agricultor pode enfrentar dificuldades para aquisição maquinários e de insumos para sua produção, bem como dificuldades no beneficiamento e na venda da produção. E a situação ainda é mais crítica ao considerar que os grandes produtores agrícolas possuem alta competitividade de mercado e recursos para acessar aos insumos necessários para uma produção agrícola viável, principalmente quando grandes empresas agrícolas estão envolvidas. Assim, uma alternativa que tem aumentado o poder de competitividade de pequenos e médios agricultores é a sua associação em cooperativas agrícolas. É como diz o ditado popular: “A união faz a força”. Nesse sentido, as cooperativas rurais são uma forma de fazer com que o pequeno se torne grande. Ou seja, um grupo de pequenos agricultores, ao trabalharem em conjunto, conseguem alta competitividade de mercado tal como um grande agricultor. 

Dessa forma, conclui-se que as cooperativas agrícolas beneficiam, principalmente, o pequeno e o médio agricultor. Pois, a associação desses agricultores a cooperativas é uma alternativa para garantir maior competitividade de mercado, maior oferta e escoamento da produção agrícola, maior diversidade de renda e retorno financeiro. As principais vantagens que a associação de agricultores a cooperativas agrícolas pode proporcionar são: facilidade na compra de insumos e maquinários; assessoria técnica especializada; escoar, da melhor maneira possível, a produção agropecuária; maior competitividade de mercado; acesso a serviços que não teria de forma isolada; redução dos gastos; maior retorno financeiro. Diante disso, fica clara a importância das cooperativas agrícolas para o pequeno produtor. 

 

Quais são as maiores cooperativas do agronegócio?

Em 2018, a Revista Forbes Brasil listou as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro. Dentre elas, 15 são cooperativas do ramo agropecuário. Essas cooperativas são bem lucrativas, possuindo uma receita anual bilionária. Sem mais mistérios, confira as 15 maiores cooperativas do agronegócio brasileiro, segundo a Forbes:

 

– Copersucar: fundada em 1959, com sede em São Paulo, é a maior exportadora brasileira de açúcar e a maior plataforma global de biocombustíveis. 

– Coamo: fundada em 1970, em Campo Mourão (PR), é responsável por cerca de 17% da safra paranaense e 3,2% da produção nacional de grãos. 

– Cooperativa Central Aurora Alimentos: fundada em 1969, em Chapecó (SC), corresponde ao terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes. 

– Lar Cooperativa: fundada em 1964, com sede em Medianeira (PR), é a terceira maior cooperativa do Paraná, atua no setor de carnes e grãos. 

– Cocamar: fundada no início da década de 1960, tem mais de 60 unidades operacionais em três Estados (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul), produz diversos produtos, como café, soja e laranja. 

– Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata): fundada em 1963, com sede em Cafelândia (PR), é uma das maiores exportadoras de frango do país, além de aves, produz peixes, suínos e leite. 

– Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé): fundada em 1932, 95% dos seus associados são da agricultura familiar, atua entre o sul de Minas Gerais e o Vale do Rio Pardo (SP). 

– Coopercitrus: fundada no interior de São Paulo em meados dos anos 1970, produz diversas culturas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. 

– Agraria: fundada em 1951, com sede em Guarapuava (PR), é responsável por quase um terço do malte das cervejas no país, além da produção de malte, também desenvolve farinhas de trigo industriais.

– Castrolanda Cooperativa Agroindustrial: fundada em 1951, com sede em Castro (PR), está inserida nos mercados de carnes, leite, batata, feijão e sementes.

– CooperAlfa: fundada em 1967, em Chapecó (SC), atua na produção de milho, soja, trigo, feijão, suinocultura, avicultura e leite.

– Integrada Cooperativa Agroindustrial: fundada em 1995, possui quase 80 unidades no Paraná e em São Paulo, atua na comercialização de grãos, além do cultivo de laranja e insumos. 

– Frimesa: fundada em 1977, no Oeste do Paraná, é uma das 300 maiores empresas do Brasil e a quarta maior em abate de suínos.

– Frísia (Antiga Batavo): criada em 1925, com sede em Carambeí (PR), atua na produção de suínos, grãos, leite, rações e sementes e no beneficiamento da madeira.

– Capal Cooperativa: fundada em 1960, com sede em Arapoti (PR), atua na plantação e no processamento de soja, milho, trigo e feijão, além de indústria de laticínios e suinocultura. 

 

Links úteis:

Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB): https://www.ocb.org.br/ 

50 maiores empresas de agronegócio do Brasil – Revista Forbes: bit.ly/lista50empresas

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O que é cooperativismo?

Cooperativismo deriva da palavra cooperação, que significa ato de colaborar para a realização de um projeto comum, ato de unir esforços para a resolução de um assunto ou problema, ação conjunta para uma finalidade. A partir disso, tem-se também o conceito de cooperativas: associações entre indivíduos que têm objetivos comuns e que buscam alcançar emancipação e expansão econômica e social. Dessa forma, o objetivo fundamental de uma cooperativa é proporcionar benefícios iguais a todos os seus membros (os cooperados). Para isso, a base do funcionamento de uma cooperativa é a ação mútua em cooperação. 

Além disso, em uma cooperativa todos os cooperados são donos do negócio e o foco não está no lucro, mas na satisfação das necessidades econômicas de seus membros. Portanto, uma cooperativa é totalmente diferente de uma empresa privada. Pois, o foco de uma cooperativa é melhorar a situação econômica e social dos seus cooperados, solucionar problemas, satisfazer necessidades e objetivos comuns. Assim, o cooperativismo busca melhores oportunidades para todos a partir da harmonia de aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Há uma busca constante de equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social, a produtividade e a sustentabilidade, os interesses individuais e os coletivos.

 

Origem do cooperativismo e dados atuais

O cooperativismo não é algo recente. Dados históricos apontam que o surgimento do cooperativismo ocorreu durante a Revolução Industrial, na Inglaterra. Em 1844, 28 operários ingleses se reuniram e fundaram a primeira cooperativa da história: a Sociedade Equitativa dos Probos Pioneiros de Rochdale. A experiência dos trabalhadores da Inglaterra difundiu-se em outros países, se espalhando pelo mundo inteiro. No Brasil, o cooperativismo surgiu em 1887 com a criação da Cooperativa de Consumo dos Empregados da Companhia Paulista, em Campinas (SP). 

Atualmente, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o cooperativismo está presente em mais de 150 países, com um total de mais de 1,2 bilhão de cooperados e mais de 3 milhões de cooperativas. Ainda de acordo com a OCB, no Brasil, há mais de 5 mil cooperativas, com mais de 15,5 milhões de cooperados. Tanto a nível mundial, como no Brasil, o destaque está para as cooperativas do ramo agropecuário. No mundo, mais de 10% das 300 maiores cooperativas são do ramo agropecuário. Já no Brasil, há mais de 1200 cooperativas do ramo agropecuário, com quase um milhão de cooperados e mais de 200 mil empregos gerados. Portanto, o cooperativismo tem forte destaque no agro brasileiro.

Como funciona uma cooperativa agrícola?

O foco do nosso texto é o cooperativismo rural, mas é bom saber que existem outros tipos de cooperativas. No Brasil, as cooperativas se organizam em sete ramos do cooperativismo: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, produção de bens e serviços, saúde, transporte. Conforme citado no tópico anterior, as cooperativas do ramo agropecuário possuem grande destaque no cooperativismo brasileiro. As cooperativas agrícolas são associações de produtores rurais, cujas principais atividades são a compra de insumos, venda da produção, assistência técnica, armazenamento e industrialização de produtos. Além disso, ao promover a compra em comum de insumos e maquinários, a cooperativa agrícola contribui para assegurar a eficiência do negócio rural, principalmente dos pequenos agricultores. 

Diante disso, a principal vantagem do cooperativismo no meio rural é proporcionar aos agricultores cooperados benefícios que, de forma isolada, eles não conseguiriam. Conforme mencionado anteriormente, em uma cooperativa o foco principal não está na obtenção do lucro. Assim, em uma cooperativa agrícola, a principal função é aumentar a competitividade do agricultor e também ajudar todo o grupo de cooperados a ter mais sucesso no negócio agrícola.  Dessa forma, os produtores rurais que possuem objetivos em comum se associam para atender com mais facilidade ao mercado consumidor. Portanto, o funcionamento de uma cooperativa agrícola é muito simples: um grupo de produtores rurais com uma finalidade em comum se organizam para realizar, de forma conjunta, toda a cadeia produtiva. 

 

Quais são as vantagens e qual é a importância das cooperativas agrícolas?

Um único agricultor pode ter diversas dificuldades para tocar o seu negócio. Por exemplo, o pequeno agricultor pode enfrentar dificuldades para aquisição maquinários e de insumos para sua produção, bem como dificuldades no beneficiamento e na venda da produção. E a situação ainda é mais crítica ao considerar que os grandes produtores agrícolas possuem alta competitividade de mercado e recursos para acessar aos insumos necessários para uma produção agrícola viável, principalmente quando grandes empresas agrícolas estão envolvidas. Assim, uma alternativa que tem aumentado o poder de competitividade de pequenos e médios agricultores é a sua associação em cooperativas agrícolas. É como diz o ditado popular: “A união faz a força”. Nesse sentido, as cooperativas rurais são uma forma de fazer com que o pequeno se torne grande. Ou seja, um grupo de pequenos agricultores, ao trabalharem em conjunto, conseguem alta competitividade de mercado tal como um grande agricultor. 

Dessa forma, conclui-se que as cooperativas agrícolas beneficiam, principalmente, o pequeno e o médio agricultor. Pois, a associação desses agricultores a cooperativas é uma alternativa para garantir maior competitividade de mercado, maior oferta e escoamento da produção agrícola, maior diversidade de renda e retorno financeiro. As principais vantagens que a associação de agricultores a cooperativas agrícolas pode proporcionar são: facilidade na compra de insumos e maquinários; assessoria técnica especializada; escoar, da melhor maneira possível, a produção agropecuária; maior competitividade de mercado; acesso a serviços que não teria de forma isolada; redução dos gastos; maior retorno financeiro. Diante disso, fica clara a importância das cooperativas agrícolas para o pequeno produtor. 

 

Quais são as maiores cooperativas do agronegócio?

Em 2018, a Revista Forbes Brasil listou as 50 maiores empresas do agronegócio brasileiro. Dentre elas, 15 são cooperativas do ramo agropecuário. Essas cooperativas são bem lucrativas, possuindo uma receita anual bilionária. Sem mais mistérios, confira as 15 maiores cooperativas do agronegócio brasileiro, segundo a Forbes:

 

– Copersucar: fundada em 1959, com sede em São Paulo, é a maior exportadora brasileira de açúcar e a maior plataforma global de biocombustíveis. 

– Coamo: fundada em 1970, em Campo Mourão (PR), é responsável por cerca de 17% da safra paranaense e 3,2% da produção nacional de grãos. 

– Cooperativa Central Aurora Alimentos: fundada em 1969, em Chapecó (SC), corresponde ao terceiro maior conglomerado industrial do setor de carnes. 

– Lar Cooperativa: fundada em 1964, com sede em Medianeira (PR), é a terceira maior cooperativa do Paraná, atua no setor de carnes e grãos. 

– Cocamar: fundada no início da década de 1960, tem mais de 60 unidades operacionais em três Estados (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul), produz diversos produtos, como café, soja e laranja. 

– Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata): fundada em 1963, com sede em Cafelândia (PR), é uma das maiores exportadoras de frango do país, além de aves, produz peixes, suínos e leite. 

– Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé): fundada em 1932, 95% dos seus associados são da agricultura familiar, atua entre o sul de Minas Gerais e o Vale do Rio Pardo (SP). 

– Coopercitrus: fundada no interior de São Paulo em meados dos anos 1970, produz diversas culturas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. 

– Agraria: fundada em 1951, com sede em Guarapuava (PR), é responsável por quase um terço do malte das cervejas no país, além da produção de malte, também desenvolve farinhas de trigo industriais.

– Castrolanda Cooperativa Agroindustrial: fundada em 1951, com sede em Castro (PR), está inserida nos mercados de carnes, leite, batata, feijão e sementes.

– CooperAlfa: fundada em 1967, em Chapecó (SC), atua na produção de milho, soja, trigo, feijão, suinocultura, avicultura e leite.

– Integrada Cooperativa Agroindustrial: fundada em 1995, possui quase 80 unidades no Paraná e em São Paulo, atua na comercialização de grãos, além do cultivo de laranja e insumos. 

– Frimesa: fundada em 1977, no Oeste do Paraná, é uma das 300 maiores empresas do Brasil e a quarta maior em abate de suínos.

– Frísia (Antiga Batavo): criada em 1925, com sede em Carambeí (PR), atua na produção de suínos, grãos, leite, rações e sementes e no beneficiamento da madeira.

– Capal Cooperativa: fundada em 1960, com sede em Arapoti (PR), atua na plantação e no processamento de soja, milho, trigo e feijão, além de indústria de laticínios e suinocultura. 

 

Links úteis:

Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB): https://www.ocb.org.br/ 

50 maiores empresas de agronegócio do Brasil – Revista Forbes: bit.ly/lista50empresas

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