O que é amostragem?
A amostragem do solo é o primeiro passo para que os produtores rurais conheçam as características químicas e físicas do solo onde pretendem implementar uma cultura de interesse comercial. A partir do conhecimento dessas características, o agricultor irá definir o manejo agrícola, que inclui, entre outras coisas, a correção e a adubação do solo. Ao longo do tempo, sucessivas análises de solo são necessárias para acompanhar a situação da lavoura e definir o manejo de nutrientes.
Entretanto, é impossível analisar todo o conteúdo de solo de uma área agrícola. O que é feito é uma amostragem, uma coleta de uma parte do solo que possa representar a totalidade. Ou seja, amostrar significa coletar uma pequena porção de solo para representar cada gleba da propriedade rural. As amostras coletadas devem ser as mais representativas possíveis da área amostrada.
Principais erros da amostragem de solo
É fundamental que a coleta das amostras seja feita de forma adequada, pois o principal erro na análise está na amostragem inadequada, o que pode conduzir a resultados incorretos e imprecisos. Nesse caso, se houver algum erro no momento da coleta, nada mais pode ser feito no laboratório para melhorar a qualidade dos resultados. Assim, erros amostrais conduzem à interpretação inadequada dos resultados. Consequentemente, há um impacto direto no manejo agrícola e na produtividade almejada.
Geralmente, os erros mais comuns na amostragem de solo são: número insuficiente de pontos coletados; divisão incorreta da área de cultivo; distribuição dos pontos de coleta na gleba de forma pouco ou não representativa; coleta em locais com manchas de solo, por exemplo, áreas de depósito de fertilizantes ou de fezes de animais, áreas com presença de cupinzeiros ou formigueiros; mistura não homogênea das subamostras de solo; uso de equipamentos inadequados; falta de limpeza dos equipamentos de coleta de uma gleba para outra ou entre profundidades diferentes.
Amostragem de solo e produtividade da lavoura
Para garantir o adequado desenvolvimento das culturas agrícola, o agricultor precisa criar um ambiente favorável para o crescimento vegetal. Entre outras coisas, o agricultor precisa fornecer para as plantas todos os nutrientes que elas precisam para completar o seu ciclo produtivo, bem como corrigir possíveis fatores desfavoráveis ao desenvolvimento vegetal. Por isso, é importante que o agricultor conheça as características físicas e químicas do solo que deseja cultivar.
Nesse contexto, a amostragem de solo é o método que permite conhecer, antes do plantio, a necessidade e a capacidade do solo em suprir e disponibilizar os nutrientes que as plantas precisam para se desenvolverem. Desse modo, a partir dos resultados das análises de solo, o agricultor poderá definir o manejo agrícola adequado para alcançar a produtividade almejada. Por isso, é muito importante fazer uma adequada amostragem e coleta de solos, para que os resultados obtidos e a consequente interpretação possibilitem a adoção de um manejo de solo eficiente para altas produtividades agrícolas.
Quais os principais procedimento da amostragem do solo?
As terras agricultáveis apresentam variações de cor, textura, vegetação, declividade, uso e ocupação etc. Assim, o primeiro passo é separar a terra agrícola em glebas homogêneas, ou seja, áreas que apresentem mais ou menos as mesmas condições. Por exemplo, se em determinada propriedade há uma parte do terreno que é mais declivosa e outra parte mais plana, deverá haver uma divisão dessas duas áreas. Ainda, se na área plana houver uma parte com cultivo de hortaliças e outra parte com cultivo de milho, mais uma vez deverá haver outra divisão. Do mesmo modo, se na área destinada ao cultivo de milho houver uma parte com o solo mais escuro e outra parte com o solo mais claro, outra vez deverá haver uma divisão para a adequada coleta de solos.
Portanto, os limites de uma gleba não devem ser definidos pelo tamanho da área, mas sim pela variabilidade do terreno. Após a divisão da área a ser amostrada, deve-se coletar em cada gleba amostras simples (subamostras), que irão compor a amostra composta. A coleta de amostras simples é feita em zig-zag e objetiva reduzir o erro da amostragem. Deve-se evitar a coleta em áreas que possuem manchas de solos, ou seja, locais que apresentam, por exemplo, cupinzeiros, formigueiros, depósito de alimentos para animais, deposição de adubo e calcário, deposição de fezes de animais, acúmulo de restos culturas, queimadas, ou qualquer outro ponto que apresente algo muito diferente do restante da gleba.
Em cada gleba deverá ser coletada em torno de 15 a 20 amostras simples, que deverão ser reunidas em um recipiente plástico (de preferência um balde) e, ao final da coleta, homogeneizadas para a obtenção da amostra composta. A amostra composta deve conter, aproximadamente, meio quilo de solo, ser identificada e vedada. É essa amostra que será encaminhada para o laboratório para que seja feita a realização das análises de solo.
Amostragem do solo em diferentes sistemas de cultivo
Para uma amostragem de solo eficiente, deve-se considerar o tipo de manejo agrícola adotado. Pois, diferentes sistemas de cultivo contribuem de maneira diferente para a produtividade das culturas de acordo com os tratos culturais empregados, o manejo nutricional, o controle de pragas e doenças etc. Portanto, cada sistema de cultivo requere formas específicas de amostragem do solo.
Nesse contexto, em sistemas de plantio direito ou de cultivo mínimo, é recomendado que a coleta de solos seja feita até 10 cm de profundidade. Antes de coletar o solo é necessário retirar a palhada do local da coleta, para que não haja interferência nos resultados.
Quanto à frequência de coleta, vai depender do manejo da propriedade e principalmente da intensidade da adubação. Em área de cultivo intensivo e alta exportação de nutrientes, é recomendado que a análise do solo seja feita anualmente.
Profundidade de coleta e época de amostragem
Geralmente, para definir a profundidade de coleta, é necessário considerar a profundidade de alcance das raízes das plantas que estão sendo ou que serão cultivadas na área. Com base nisso, a profundidade de coleta é variável de acordo com o tipo de cultivo. De modo geral, para culturas anuais e gramíneas a profundidade de coleta é até 20 cm, podendo ser dividida em duas profundidades: 0-10 cm e 10-20 cm. Para culturas perenes, nas quais as raízes exploram uma profundidade maior, pode-se retirar amostras até a profundidade de 40 cm.
Em relação à época de amostragem, geralmente, a amostragem pode ser feita em qualquer época do ano. Porém, é preciso considerar o tempo gasto para a coleta, o envio para o laboratório, os resultados das análises, o calendário agrícola, as compras de corretivos e adubos, as operações de correção e adubação do solo etc.
Sendo assim, são recomendadas as seguintes épocas de amostragem de solos: 2 a 3 meses antes do plantio para culturas anuais; logo após a colheita para culturas perenes; 2 a 3 meses antes do início das chuvas para pastagens estabelecidas.
Considerações finais
A análise de solo é uma ferramenta essencial para conhecer as características de um solo onde se deseja cultivar. Vimos ao longo do texto que para alcançar a produtividade almejada, é necessário iniciar o manejo pela correta amostragem de solo. Assim, para a adequada interpretação das análises de solo, é fundamental estar atento aos erros que possam ocorrer durante a amostragem de solo, o que poderá afetar o resultado da análise no laboratório. Diante disso, é muito importante a orientação técnica de um profissional habilitado.
Nesse sentido, nós da Agroteg Digital, por meio da consultoria online, oferecemos auxílio aos agricultores em todas as etapas do manejo nutricional da lavoura: desde a amostragem de solo, até a interpretação dos resultados das análises e a recomendação do manejo nutricional. Visamos facilitar o acesso dos produtores rurais às interpretações de análises de solo, recomendações de corretivos, condicionadores e fertilizantes. Tudo isso com baixo custo, rapidez e execução por um profissional com especialidade na área.
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O que é amostragem?
A amostragem do solo é o primeiro passo para que os produtores rurais conheçam as características químicas e físicas do solo onde pretendem implementar uma cultura de interesse comercial. A partir do conhecimento dessas características, o agricultor irá definir o manejo agrícola, que inclui, entre outras coisas, a correção e a adubação do solo. Ao longo do tempo, sucessivas análises de solo são necessárias para acompanhar a situação da lavoura e definir o manejo de nutrientes.
Entretanto, é impossível analisar todo o conteúdo de solo de uma área agrícola. O que é feito é uma amostragem, uma coleta de uma parte do solo que possa representar a totalidade. Ou seja, amostrar significa coletar uma pequena porção de solo para representar cada gleba da propriedade rural. As amostras coletadas devem ser as mais representativas possíveis da área amostrada.
Principais erros da amostragem de solo
É fundamental que a coleta das amostras seja feita de forma adequada, pois o principal erro na análise está na amostragem inadequada, o que pode conduzir a resultados incorretos e imprecisos. Nesse caso, se houver algum erro no momento da coleta, nada mais pode ser feito no laboratório para melhorar a qualidade dos resultados. Assim, erros amostrais conduzem à interpretação inadequada dos resultados. Consequentemente, há um impacto direto no manejo agrícola e na produtividade almejada.
Geralmente, os erros mais comuns na amostragem de solo são: número insuficiente de pontos coletados; divisão incorreta da área de cultivo; distribuição dos pontos de coleta na gleba de forma pouco ou não representativa; coleta em locais com manchas de solo, por exemplo, áreas de depósito de fertilizantes ou de fezes de animais, áreas com presença de cupinzeiros ou formigueiros; mistura não homogênea das subamostras de solo; uso de equipamentos inadequados; falta de limpeza dos equipamentos de coleta de uma gleba para outra ou entre profundidades diferentes.
Amostragem de solo e produtividade da lavoura
Para garantir o adequado desenvolvimento das culturas agrícola, o agricultor precisa criar um ambiente favorável para o crescimento vegetal. Entre outras coisas, o agricultor precisa fornecer para as plantas todos os nutrientes que elas precisam para completar o seu ciclo produtivo, bem como corrigir possíveis fatores desfavoráveis ao desenvolvimento vegetal. Por isso, é importante que o agricultor conheça as características físicas e químicas do solo que deseja cultivar.
Nesse contexto, a amostragem de solo é o método que permite conhecer, antes do plantio, a necessidade e a capacidade do solo em suprir e disponibilizar os nutrientes que as plantas precisam para se desenvolverem. Desse modo, a partir dos resultados das análises de solo, o agricultor poderá definir o manejo agrícola adequado para alcançar a produtividade almejada. Por isso, é muito importante fazer uma adequada amostragem e coleta de solos, para que os resultados obtidos e a consequente interpretação possibilitem a adoção de um manejo de solo eficiente para altas produtividades agrícolas.
Quais os principais procedimento da amostragem do solo?
As terras agricultáveis apresentam variações de cor, textura, vegetação, declividade, uso e ocupação etc. Assim, o primeiro passo é separar a terra agrícola em glebas homogêneas, ou seja, áreas que apresentem mais ou menos as mesmas condições. Por exemplo, se em determinada propriedade há uma parte do terreno que é mais declivosa e outra parte mais plana, deverá haver uma divisão dessas duas áreas. Ainda, se na área plana houver uma parte com cultivo de hortaliças e outra parte com cultivo de milho, mais uma vez deverá haver outra divisão. Do mesmo modo, se na área destinada ao cultivo de milho houver uma parte com o solo mais escuro e outra parte com o solo mais claro, outra vez deverá haver uma divisão para a adequada coleta de solos.
Portanto, os limites de uma gleba não devem ser definidos pelo tamanho da área, mas sim pela variabilidade do terreno. Após a divisão da área a ser amostrada, deve-se coletar em cada gleba amostras simples (subamostras), que irão compor a amostra composta. A coleta de amostras simples é feita em zig-zag e objetiva reduzir o erro da amostragem. Deve-se evitar a coleta em áreas que possuem manchas de solos, ou seja, locais que apresentam, por exemplo, cupinzeiros, formigueiros, depósito de alimentos para animais, deposição de adubo e calcário, deposição de fezes de animais, acúmulo de restos culturas, queimadas, ou qualquer outro ponto que apresente algo muito diferente do restante da gleba.
Em cada gleba deverá ser coletada em torno de 15 a 20 amostras simples, que deverão ser reunidas em um recipiente plástico (de preferência um balde) e, ao final da coleta, homogeneizadas para a obtenção da amostra composta. A amostra composta deve conter, aproximadamente, meio quilo de solo, ser identificada e vedada. É essa amostra que será encaminhada para o laboratório para que seja feita a realização das análises de solo.
Amostragem do solo em diferentes sistemas de cultivo
Para uma amostragem de solo eficiente, deve-se considerar o tipo de manejo agrícola adotado. Pois, diferentes sistemas de cultivo contribuem de maneira diferente para a produtividade das culturas de acordo com os tratos culturais empregados, o manejo nutricional, o controle de pragas e doenças etc. Portanto, cada sistema de cultivo requere formas específicas de amostragem do solo.
Nesse contexto, em sistemas de plantio direito ou de cultivo mínimo, é recomendado que a coleta de solos seja feita até 10 cm de profundidade. Antes de coletar o solo é necessário retirar a palhada do local da coleta, para que não haja interferência nos resultados.
Quanto à frequência de coleta, vai depender do manejo da propriedade e principalmente da intensidade da adubação. Em área de cultivo intensivo e alta exportação de nutrientes, é recomendado que a análise do solo seja feita anualmente.
Profundidade de coleta e época de amostragem
Geralmente, para definir a profundidade de coleta, é necessário considerar a profundidade de alcance das raízes das plantas que estão sendo ou que serão cultivadas na área. Com base nisso, a profundidade de coleta é variável de acordo com o tipo de cultivo. De modo geral, para culturas anuais e gramíneas a profundidade de coleta é até 20 cm, podendo ser dividida em duas profundidades: 0-10 cm e 10-20 cm. Para culturas perenes, nas quais as raízes exploram uma profundidade maior, pode-se retirar amostras até a profundidade de 40 cm.
Em relação à época de amostragem, geralmente, a amostragem pode ser feita em qualquer época do ano. Porém, é preciso considerar o tempo gasto para a coleta, o envio para o laboratório, os resultados das análises, o calendário agrícola, as compras de corretivos e adubos, as operações de correção e adubação do solo etc.
Sendo assim, são recomendadas as seguintes épocas de amostragem de solos: 2 a 3 meses antes do plantio para culturas anuais; logo após a colheita para culturas perenes; 2 a 3 meses antes do início das chuvas para pastagens estabelecidas.
Considerações finais
A análise de solo é uma ferramenta essencial para conhecer as características de um solo onde se deseja cultivar. Vimos ao longo do texto que para alcançar a produtividade almejada, é necessário iniciar o manejo pela correta amostragem de solo. Assim, para a adequada interpretação das análises de solo, é fundamental estar atento aos erros que possam ocorrer durante a amostragem de solo, o que poderá afetar o resultado da análise no laboratório. Diante disso, é muito importante a orientação técnica de um profissional habilitado.
Nesse sentido, nós da Agroteg Digital, por meio da consultoria online, oferecemos auxílio aos agricultores em todas as etapas do manejo nutricional da lavoura: desde a amostragem de solo, até a interpretação dos resultados das análises e a recomendação do manejo nutricional. Visamos facilitar o acesso dos produtores rurais às interpretações de análises de solo, recomendações de corretivos, condicionadores e fertilizantes. Tudo isso com baixo custo, rapidez e execução por um profissional com especialidade na área.